sábado, 16 de janeiro de 2010

Simuladores automotivos


Quem nunca brincou com os velhos jogos eletrônicos? Quem já não fez campeonatos de vídeo game com os vizinhos? E quando a competição era para ver quem se fazia mais rápido na pista? Com certeza sentimos nossas mãos suarem, os olhos sem piscar e a boca seca. Esqueça... O nível de adrenalina estava alto apenas pelo fato de estarmos manipulando simuladores de situações emocionantes o que, hoje em dia, se tornou comum. A indústria de jogos eletrônicos cresce e supera a cada dia nossas expectativas quando falamos em simular sensações de estar dentro de um Fórmula 1, de aviões a jato, motos, seja o que for... Mesmo que por um minuto, gostamos de sentir como seria estar no lugar daquele piloto e ter o poder dessas máquinas em nossas mãos.
A Cruden, uma talentosa e competente empresa de simuladores automotivos, apostou mais uma vez neste tema que, além de entreter, faz com que os pilotos profissionais possam potencializar seus treinos através desses “brinquedos para gente grande”. Aliás, há tempos que este tipo de equipamento vem sendo colocado e utilizado cada vez mais perto dos pilotos e engenheiros para que se possa ganhar tempo e qualidade sem comprometer as peças do veículo. A equação proposta é: divirta-se até onde sua adrenalina puder agüentar. Mas o novo Hexatech IAAPA 2009 é um brinquedo muito sofisticado, é o simulador derradeiro.

Imagine um equipamento controlado por 10 computadores num total de 60 GB de RAM, com três telas de vídeo de 42 polegadas com um campo de visualização de 180 graus e um sistema surround Dolby, que recria o ronco encantador da máquina! E acredite: o total de energia consumida é de 5 quilowatts! Não mais do que a potência de cinco microondas ligadas simultaneamente. A simulação fica melhor ainda por conta de um tripé hidráulico, totalmente suspenso, permitindo sentir as vibrações e reações do chassi, pista, pneus, comboio de manipulação das configurações, aerodinâmica... Permite até simular com exactidão as fortes acelerações que sentem os pilotos de NASCAR, Fórmula 1 e WRC.
Preocupado com segurança? O bom é que não precisa usar capacete; o ruim, é que ainda não é um produto comercial. Mas se você tem um espaço de 10 m2 com teto alto para o colocar e uns US$ 191.000, não tarda ele poderá ser todo seu!


Iosa Ghini - arquitectura de futuro


Muitas vezes tentamos imaginar como será a arquitectura num mundo futuro e, nessa altura, vêm-nos à cabeça imagens estereotipadas provenientes do cinema e da literatura de ficção científica. Talvez tenha sido o caso de Iosa Ghini, o arquitecto italiano de Bologna que ultimamente tem sido falado pela loja / stand que fez para a Ferrari na Serravalle Scrivia, Itália, no exterior do outlet de McArthur Glen. -->
A Ferrari Factory Store salta imediatamente à vista de qualquer visitante graças à forma, cor e estilo que a identificam inequivocamente com a marca. Encontra-se numa posição privilegiada no outlet, sendo visível do estacionamento e dos acessos locais circundantes. O edifício, com aproximadamente 370 m2, é caracterizado por uma galeria de vidro em curva, sem armação, que permite uma visibilidade total, quer se olhe de dentro ou de fora e dá uma percepção de continuidade a todo o edifício. O controle ambiental é assegurado por um sistema que aproveita a natural convecção do ar. Além disso, a superfície envidraçada é dotada de uma malha pontilhada que filtra os raios solares e armazena energia. Vanguardista, sem dúvida.


No entanto, o arquitecto e designer italiano há vários anos que desenvolve projectos inovadores e, quem conhece o seu percurso, não se deixa surpreender por mais este edifício. Entre outros, contam-se projectos de mobiliário, equipamentos diversos, objectos utilitários, instalações e arquitectura, obviamente. Além de tudo isto, presta assessoria em matéria de arte a diversas empresas de referência na área, como a Yamagiwa Lighting, a Silhouette Modellbrillen e a Zumtobell. Olhando para o conjunto da sua obra, percebe-se que estamos perante um caso de grande talento e criatividade e de uma visão arrojada e extremamente pessoal da arquitectura e do design.
O que existe então de tão original e único no estilo de Iosa Ghini que torna a sua assinatura inconfundível? Há no seu traço algo de retro e futurista, simultaneamente, mas combinado de uma forma hábil e até sensata. Para quem conhece um pouco da história da arquitectura não é difícil vislumbrar nas suas obras formas e referências ao construtivismo soviético e ao futurismo italiano, das primeiras décadas do século XX, e mesmo ao arquitecto inglês James Stirling. Tal como ele, Iosa Ghini sabe jogar bem com o significado das formas. Não embarca, tal como tantos dos seus colegas da actualidade, na facilidade da moda das formas abstractas. Vai mais além, por isso, do que a arquitectura contemporânea e dá-nos hoje a verdadeira arquitectura do futuro.



























ITHAA - um restaurante no fundo do mar


As Maldivas são um pedaço de paraíso na Terra. Situadas no Oceano Índico a sudoeste da península indiana, são compostas por mais de mil ilhas embora apenas cerca de 200 sejam habitadas. A beleza natural é ímpar e é a sua característica mais forte. Por esse motivo, são um destino turístico muito procurado. Em 2005 a cadeia internacional Hilton estabeleceu uma unidade hoteleira na ilha Rangali, e aí construiu um restaurante muito exclusivo, o Ithaa, que tem a particularidade de se situar debaixo de água. -->
O Ithaa, que significa "pérola", é um espaço pequeno mas deslumbrante. Situa-se a 5 metros de profundidade. O acesso é feito através de uma plataforma à superfície, na lagoa, onde os hóspedes podem tomar uma bebida antes de entrar na sala de refeições propriamente dita. Ao descer por uma escada em caracol deparam então com uma sala com 5 metros de largura e 9 de comprimento, coberta por uma cúpula semicircular em vidro acrílico transparente. Graças a esta característica, podem desfrutar de uma refeição sofisticada rodeados da paisagem bela e exótica da lagoa circundante e do recife de coral, onde se movem peixes multicoloridos de várias espécies, raias e até tubarões.
Para realizar este edifício subaquático a empresa MJ Murphy Ltd, da Nova Zelândia, recorreu à tecnologia usada na construção de grandes aquários marinhos, como o de Sidney. Há apenas lugar para 12 pessoas neste restaurante, onde uma refeição pode custar entre 120 a 250 dólares, mas a experiência que proporciona é única, como o prova a enorme procura de que é alvo. A gerência recomenda que se faça reserva de mesa com 15 dias de antecedência. Não acha que vale a pena?
















terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Lamborghini Ankonian


Estamos prestes a assistir ao nascimento de mais uma máquina Lamborghini. Depois da apresentação do conceito do Lamborghini Madura, surgiu recentemente o novo e fascinante Lamborghini Ankonian inspirado no modelo Reventon. O designer russo responsável pelo conceito, Slavche Tanevsky, diz que o nome deriva de uma raça de touros conhecida devido ao seu pelo negro.
O Ankonian pretende basear-se em preocupações ecológicas e de sustentabilidade, o que pode parecer paradoxal. Possui LEDs incorporados na carroçaria e mais algumas soluções tecnológicas de topo, a que se junta uma diminuição propositada do tamanho - e as preocupações ficam-se por aqui. Não está prevista a incorporação de nenhuma tecnologia híbrida não poluente ou economizadora, que se saiba.
Não se enganem, portanto. Estratégias comerciais à parte, um Lamborghini será sempre um Lamborghini e esta besta negra nada mais pode prometer do que potência e velocidade. Restam duas questões: será que o conceito será materializado? E se sim, apenas serão produzidas vinte unidades ao preço astronómico de 1,5 milhão de dólares cada, como no último caso?














Jum Nakao



Jum Nakao é estilista e diretor de criação, brasileiro e neto de japoneses. Vive na cidade de São Paulo onde se localiza seu ateliê. Inicialmente acreditava que o suporte do seu trabalho poderia ser a eletrônica e a computação, mas abandona esse setor por considerar os estudos extremamente distantes do olhar humano.Foi na moda que Jum percebeu a possibilidade desta aproximação e inicia sua formação em 1984 através do CIT – Coordenação Industrial Textil – onde tem os primeiros contatos com profissionais da área, entre eles as professoras Vera Lígia P. Gilbert e Marie Ruckie. Em 1988 cursa licenciatura em Artes Plásticas na Faculdade Armando Álvares Penteado e em 1989 faz extensão universitária em História da Vestimenta no Instituto de Museologia de São Paulo e História da Moda com a Professora Serafina Borges do Amaral no SENAC. Em 1996 é considerado a grande revelação da 6a Edição do Phytoervas Fashion e passa a ocupar o cargo de Diretor de Estilo de uma das maiores empresas de moda do Brasil, a ZOOMP, onde permanece por seis anos. É convidado pela Du Pont em 2002 para ser o estilista parceiro no Projeto Internacional Hotel Lycra. Em 2003, ineditamente um trabalho de moda faz parte de uma Mostra de Arte e Fotografia – Imagética – onde um espaço de honra é destinado para uma instalação que narra o processo de uma de suas coleções - Tributo a Brothers Quay. Os trabalhos realizados na área de artes gráficas pelo studio de design Lobo – books: Future Kitsch e Tributo a Brothers Quay – arrebatam prêmios e citações internacionais como: The One Show (EUA), “How Design” (EUA), “Creative Review” (Inglaterra) e ADG (Brasil). Em 2004 o Banco do Brasil solicita uma campanha para estreitar elos com arte, moda, cinema e dança. Participam deste projeto diretores de arte, fotografia, publicidade e companhias de dança. Jum Nakao é o estilista convidado para Design de Conceito e Figurinos. No mesmo ano assina contrato como diretor Criativo de uma das mais tradicionais empresas de moda feminina: VIVAVIDA. Pela primeira vez na história, em 2004 a NIKE, gigante do segmento esportivo e vestuário – maior faturamento global – estabelece mundialmente um contrato com um designer para uma linha premium: JUM NAKAO for NIKE. É convidado ainda pela FAAP, ABIT e MASP para ser o Mentor Criativo do projeto: Instituto Brasil de Arte e Moda. Realiza em junho de 2004, no São Paulo Fashion Week, uma performance em que, ao final do desfile, modelos rasgaram elaboradas roupas feitas de papel vegetal confeccionadas em mais de 700 horas de trabalho. Logo após o desfile, participa da Mostra “arte e mercado” na Galeria Vermelho, em São Paulo, com a obra “fonte dos desejos”. Em 2005, a convite do diretor Luiz Fernando Carvalho, o estilista participa da microssérie Hoje é dia de Maria , da Tv Globo, respondendo pela concepção e criação de uma corte real. No mesmo ano, Jum lança, no calendário geral do São Paulo Fashion Week, o livro e documentário A Costura do invisível, realizados a partir de referências do desfile de verão 2004, editado pelas Editoras SENAC. Em junho de 2005, desfila e expõe em Paris na Galeries Lafayette nas comemorações do ano do Brasil na França. Na comemoração de dez anos de moda no Brasil, através do São Paulo Fashion Week, seu trabalho “a costura do invisível” é homenageado como o desfile da década. Em agosto de 2005, ineditamente, Moda passa a fazer parte das Mostras Culturais do SESC e Jum Nakao é convidado para a concepção e realização da exposição “Conflitos e Caminhos”. Em 2005 passa a assinar as coleções do tenista Guga Kuerten. Em parceria com a Curtlo lança em 2006 uma coleção de bolsas: Curtlo por Jum Nakao que é selecionada para a I Bienal Brasileira de Design. É convidado em janeiro de 2006 pela curadora internacional Anne Zazzo do Galliera, Fashion Museum of Paris, para participar da Mostra Internacional dos mais representativos trabalhos de Moda de todo o século XX até hoje. Em julho de 2006 lança a coleção OXTO – JUM NAKAO. Realiza em 2006 a direção criativa da ópera Kseni de Jocy de Oliveira. A convite do Museu de Arte Brasileira concebe o espaço cenográfico da exposições GRAN SERA e PERCURSOS. Expõe no MON – Museu Oscar Niemeyer – em Curitiba a instalação REVOLVER em maio de 2007. Sua obra integra em outubro de 2007 a exposição Design Brasileiro – Uma mudança do olhar realizada no Palácio do Itamaraty. Em 2007 assume a direção criativa da NUTRISPORT. Participa em novembro de 2007 da mostra Moradias Transitórias no Museu Nacional com a obra Paisagem Urbana. Ainda em novembro de 2007 integra a Mostra SESC de Artes Circulações – Molina Remix com a instalação O que os olhos não vêem. Em 2008 é convidado para participar do Festival Bienal de Artes da Nova Zelândia com a exposição The Enchanted World of Jum Nakao na celebração de aniversário do The New Dowse Museum. Em 2008 é selecionado pela curadora do Museu de Arte Contemporânea de Tokyo, Yuko Hasegawa, para integrar a exposição quando vidas se tornam forma: dialogo com o futuro - Brasil-Japão. Expõe em 2008 no Festival della Creatività em Firenze.Jum realiza diversas palestras e workshops pelo país e no exterior sobre o processo criativo. Em sua produção, Jum Nakao é capaz de conciliar os recursos da tecnologia digital à sofisticação de peças únicas confeccionadas à mão, como o encontro em clima de suspense e contos de fadas, da elaborada moda do século XIX com o universo lúdico dos bonecos playmobil. Como disse um dia Lautréamont, o que depois virou um slogan surrealista, “Belo como o encontro entre uma máquina de costura e um guarda-chuva sobre uma mesa de dissecação”. Dissecando o mundo, Jum Nakao costura o imprevisível.
















Henry Van de Velde

Henry van de Velde foi um arquiteto designer e pintor ligado ao movimento estético conhecido como art nouveau. Nasceu em 3 de abril de 1863 na Bélgica e faleceu em 1957. É considerado um dos principais representantes da art nouveau.
Henry estudou pintura em Paris, na França, e é adepto do estilo neo-impressionista, tornando-se em 1889 membro de um grupo de artistas em Bruxelas.
Em 1892 abandona a pintura e direciona sua arte para a decoração e arquitetura, sendo considerado uma das pessoas que servem de inspiração para o movimento Artes e Ofícios (arts and crafts).
Responsável pela Escola de Artes e Ofícios, junta-se com alguns outros arquitetos e funda a tão conhecida Staatliches Bauhaus (Casa Estatal de Construção), com sede em um edifício construído por ele mesmo.
Van de Velde dá continuidade aos princípios de Morris ao procurar a funcionalidade e a simplicidade. Defende que acima do gosto decorativo está a funcionalidade, aceitando a decoração que não a prejudique. Assim, se um objecto é para ser útil deve transmitir a sua funcionalidade e igualmente seduzir o utilizador com as suas formas. A decoração e a construção fazem parte de um todo. Reconhece a importância da união da arte e da indústria; no entanto, suas criações estavam longe de serem produzidas pela máquina. Para ele o artista deveria ser um criador livre e espontâneo, e não sujeito às exigências do comercialismo nem de uma produção em série. As suas teorias ficaram como pilares para que a geração seguinte viesse a amadurecê-las e a encontrar o equilíbrio entre criatividade, estética e produção seriada.
Quando deixa a Alemanha, indica seu sucessor: Walter Gropius.







Peter Behrens



Peter Behrens (Hamburgo, 1868 - Berlim, 1940) foi um arquiteto e designer alemão. É considerado por muitos o primeiro designer da História e um dos primeiros designers freelancers. Foi um dos arquitectos mais influentes da Alemanha e um dos fundadores da Werkbund. Foi também consultor artístico da AEG (Allgemeine Elektricitäts Gesellschafft).
Estudou pintura em Karlsruhe e Dusseldorf. Depois de freqüentar a Escola de Belas Artes de Hamburgo, partiu para Munique em 1897, durante o período de renascimento das Arts and Crafts na Alemanha.
Pioneiro em responder à demanda da civilização industrial através da arquitetura que influenciou o Movimento Moderno alemão e o que hoje chamamos de Desenho Industrial.
Em 1899 foi convidado pelo Grão-Duque Ernst Ludwig de Hesse a juntar-se à Colônia de Artistas de Darmstadt (arquiteto J.M. Olbrich, decoradores P. Huber e P. Burck, pintor H. Christiansen, e escultores L. Habitc e R. Bosselt).
Trabalhou na AEG em projetos elétricos e em comunicação visual e gráfica. Introduziu uma nova expressão para a monumentalidade da arquitetura européia com a Fábrica de Turbinas da AEG - primeiro edifício alemão em aço e vidro (1908-1909) - e o complexo de apartamentos para os trabalhadores da AEG, em Henningsdorf (1910-1911). Também desenvolveu projetos no estilo neoclássico, atendendo a necessidades do cliente, nos escritórios de Dusseldorf, para a Mannesmann AG (1911-1912), Companhia Continental de Borracha (1913-1920) e a Embaixada Alemã em São Petersburgo (1911-1912).
Foi nomeado diretor da Escola de Arquitetura de Viena em 1922.
Com uma produção considerada exemplar do Expressionismo Alemão, teve importantes seguidores como Le Corbusier, Walter Gropius e Mies van der Rohe.




Cadeira THONET

Michael Thonet (1796-1871), nasceu em Boppart am Rhein, na Áustria.onde montou seu primeiro atelier. Fundou a empresa Thonet em 1819 para produção de seus próprios projetos. Registrou sua primeira patente para moldagem de madeira laminada em 1842. No início do século XX vários arquitetos vanguardistas de Viena desenhavam móveis para Thonet, incluindo Josef Hoffmann.Na década de 1930 a empresa passou por uma grande expansão com linhas de móveis tubulares em aço de desenhistas famosos da Bauhaus como Mart Stam, Marcel Breuer e Mies van der Rohe. Le Corbusier foi o primeiro a utilizar as cadeiras Thonet já num ambiente modernista. A cadeira 1859, ou modelo 214, foi e um dos modelos de maior sucesso concebidos para produção industrial. É o resultado de anos de experiência durante a decada de 1850 na arte de dobra madeira sólida, e foi desenvolvida já com o objetivo de produção em massa (por volta de 1930 já tinham sido vendidos mais de 50 milhões de cadeiras em todo mundo). A empresa é atualmente dirigida pela 5 geração dos Thonet, com sede em Frankenberg, na Alemanha, onde mantém um museu.











AVATAR: a experiência visual


Cameron planeia Avatar desde meados dos anos 90. A impossibilidade técnica de dar vida ao universo que ele vem imaginando desde então nos fez esperar até este ano. Primeiro, o óbvio: o filme é bom. O filme é muito bom. Em segundo lugar: dê preferência à projeção 3-D. Uma pena que a projeção ainda seja raridade no país.
O visual que Cameron conseguiu dar ao filme é absurdamente impactante. Pessoas que nunca viram um filme em 3-D antes vão ter uma certa dificuldade de se adaptar a essa forma de ver as coisas na tela, tamanha a grandeza das cenas. Os que já estão habituados à tecnologia vão se sentir diante da melhor projeção 3-D que já viram na vida, e mais: vão reparar que Cameron opta por tratar a ferramenta não como um mero recurso extra para dar impacto a cenas de ação, mas como algo indispensável na construção de seu universo. Mais do que jogar objetos na nossa direção, o filme flui inteiramente no formato. Cada cena, cada paisagem foi delicadamente pensada nessa forma.


Nos primeiros minutos de Avatar, somos apresentados a Jack Sully (Sam Worthington), soldado preso a uma cadeira de rodas que perde seu irmão cientista. O irmão fazia experiências no planeta Pandora, onde a humanidade quer explorar um certo minério que pode significar sua sobrevivência mesmo numa Terra completamente esgotada de recursos naturais. Jack, graças à semelhança genética com seu irmão, tem a chance de continuar seu trabalho no planeta selvagem. Ele aceita a oportunidade e é apresentado aos Avatares, seres híbridos entre os humanos e os alienígenas que permite aos primeiros sobreviver na atmosfera de Pandora. Os Avatares são controlados à distância por humanos de onde o código genético foi retirado. Jack fica encarregado de controlar o Avatar de seu irmão falecido e entra no mundo de Pandora, onde tem contato com a raça dominante local, os Na´Vi.
O que se segue é uma história que você provavelmente já viu. De fato. Avatar, como história, não traz grandes novidades. O que faz a gente se segurar nas cadeiras, prender a respiração, grudar os olhos na tela, é a forma como essa velha história – e por velha, não queremos dizer ruim, muito longe disso - é contada.


A paixão com que Cameron tratou Avatar está refletida em cada árvore, animal, paisagem e na atuação de cada um dos atores e atrizes. Por sinal, todos: Worthington como Jack, Zoe Saldana (a Uhura do novo Star Trek) como a princesa Na´Vi Neytiri, e Sigourney Weaver como a doutora Grace Augustine, estão excelentes. A tecnologia visual, ainda que embasbacante, não ofusca o enredo ou as suas atuações, antes, complementa e incrementa a experiência sensorial que é assistir a um filme na tela grande.
E isso é positivo? É. A imersão é absolutamente completa. Você esquece que está vendo a um filme 3-D. Em alguns momentos, você está mesmo em Pandora, voando ou caindo de uma cachoeira.
O jogo no cinema mudou? A forma de contas histórias mudou? Muitos que viram Avatar apostam nisso. Talvez seja cedo para dizer. O que dá para dizer imediatamente após sair da sessão é: o próximo filme 3-D que eu for assistir vai ter que se esforçar e muito para igualar a experiência de Avatar.



`s Baggers, o restaurante automático


Em Nuremberga, na Alemanha, existe um novo conceito de restaurante ou, pelo menos, de atendimento aos clientes. E não é self-service. É mais net-service. O `s Baggers é um restaurante automático, o primeiro deste tipo, que serve através de pedidos pela internet e não necessita de empregados de mesa.
Como vem sendo hábito em muitos restaurantes modernos, aqui serve-se comida saudável e com poucas gorduras, mas não é isso que distingue verdadeiramente o `s Baggers, um restaurante futurista e ecológico - pelo menos no que diz respeito à poupança de empregados.


O cliente, quando se senta, em vez de um empregado de mesa com a ementa, vê um ecrã táctil com acesso à Internet, através do qual digita o número de pessoas que estão na mesa. Depois é atribuída uma cor a cada pessoa para o pedido do prato e bebida. Existe ainda pagamento por cartão e acesso livre à internet, caso se queira entreter enquanto o seu pedido não chega. Quando este estiver pronto, não tem de se preocupar em vir buscá-lo - e aqui está a novidade da coisa: existe um sistema de carris em espiral, ligado à cozinha que traz toda a refeição até ao centro da sua mesa, fazendo assim com que todos os pratos caiam literalmente do céu.
O conceito inspira-se nos pratos de sushi japoneses, servidos através de tapetes rolantes, mas desenvolve-o e melhora-o. As vantagens são visíveis: há um ganho considerável de tempo, menos custos para o proprietário do restaurante e menos enganos no atendimento aos clientes - o computador não erra. Apenas a limpeza das mesas não é ainda automática. Quem sabe não é uma boa opção para o seu jantar de réveillon...














D de design, D de diferença


Se invertermos efeito D aparece-nos a palavra defeito, mas não é disso que se trata este artigo. A letra D vem de diferença, mas representa mais do que isso: quer dizer ajuda, colaboração, solidariedade. D quer dizer também Down. A síndrome de Down, ou Trissomia 21, deriva o seu nome do médico britânico que descreveu pela primeira vez esta doença genética causada pela existência de um cromossoma extra. Com base na particularidade das pessoas portadoras desta síndrome, a marca promove a criação de peças de design únicas, que oferecem atributos diferentes devido a pequenas alterações não existentes no objecto original. Uma diferença positiva.
Associados a esta causa estão designers de diversas nacionalidades que deram o seu contributo em prol da beneficência. A “Unusual Position” do basco Martín Azúa permite a uma cadeira suster-se de pernas para o ar, devido a um corte lateral nas costas. A “Pen Gorda” de Pedro Silva Dias é exactamente o que o nome augura: uma pen USB robusta que, devido ao seu tamanho, promete nunca se perder. A “Pure Mess” do austríaco e co-fundador da Radi Designers, Robert Stadler, é criada através de madeira com nós, normalmente preterida pelos circuitos comerciais, mas que aqui oferece um padrão único à peça. A “Helpy” de Henrique Ralheta é uma mesa composta de dois elementos independentes, criando uma harmonia frágil, mas ímpar.




Existem também resmas de papel de diferentes cores e texturas, pizzas com ingredientes em forma de comprimidos, cadeiras rhino, vasos em crescimento, colares espelho, entre outras preciosidades a serem descobertas no efeito D.
São ao todo 18 artistas e um estúdio a contribuírem para este projecto criado pela agência de Publicidade BBDO Portugal com a colaboração da Experimenta Design e da Fundação Calouste Gulbenkian. As peças podem ser encomendadas no website da marca e todos os lucros revertem na sua totalidade a favor do Centro de Desenvolvimento Infantil Diferenças.











Tomada eléctrica Rozetkus 3D


Art. Lebedev Studio é um atelier russo fundado em 1995 e liderado por Artemy Lebedev. É conhecido internacionalmente pela sua actividade na área do design gráfico, web e de produto. As suas propostas, muitas delas meramente conceptuais, destacam-se pela originalidade, funcionalidade e excelência tecnológica. A comprová-lo, eis que das suas pranchetas de desenho surge mais uma solução genial para um problema comum: ligar várias fichas eléctricas na mesma tomada. Chama-se Rozetkus 3D.
À primeira vista nada distingue este dispositivo de uma tomada eléctrica comum. Mas basta clicar nele como se fosse um botão para que saia da parede um bloco cúbico telescópico com uma tomada em cada uma das faces visíveis. Poderá então ligar aí os seus equipamentos com a máxima segurança. Para voltar a colocá-lo na posição inicial basta empurrá-lo para dentro até ouvir um clique. Simples, elegante e funcional.