terça-feira, 29 de dezembro de 2009

GRACE - a bicicleta do futuro

O velocípede que a firma alemã Grace pretende comercializar não é, à primeira vista, uma bicicleta qualquer. É um produto de alta tecnologia construído artesanalmente em alumínio e fibra de carbono e que, além do mais, é motorizado. Não se trata de um conceito propriamente inovador mas a firma apresenta-o como sendo a primeira e-motorbike a poder circular legalmente em qualquer rua ou estrada. Por estes motivos, pretende cobrar por cada exemplar uma quantia exorbitante, que começa em 5877 euros (+IVA) para o modelo de base. Será que vale o preço? Vejamos.
Algumas características da Grace podem ser encontradas em outras bicicletas, como é o caso da estrutura ultra-leve em alumínio CNC e de alguns componentes em fibra de carbono. O que a diferencia das outras é um motor eléctrico de 1300 watts alimentado por um grupo de baterias de iões de lítio de 13 AH de última geração que lhe permitem deslocar-se a uma velocidade máxima de 45 Km/hora. Este é, de resto, o limite de velocidade nas cidades para este tipo de veículo.
Todos os dispositivos são controlados por um microprocessador integrado no bloco do guiador. Há pormenores verdadeiramente notáveis, há que reconhê-lo. Por exemplo, as diferentes versões dos motores (normal, corrida e montanha) ou os travões hidráulicos que accionam o farol de stop colocado na parte de trás do selim, tal como um automóvel.
Resta dizer que na Grace tudo é absolutamente personalizável: os motores, os equipamentos, as cores, etc., ou não fosse construída manualmente. A firma apenas vende os seus modelos por encomenda e reserva-se o direito de não revelar o número de exemplares que tenciona produzir na série "Edição Limitada". Um puro objecto de luxo.




























Hotel Espacial

Ao entrarmos na nave duas portas automáticas fecham-se automaticamente. O interior é asséptico e frio com paredes curvilíneas de um branco brilhante. Enquanto isso, pela janela, podemos observar o planeta Terra a girar imperturbável lá em baixo. Pela descrição parece que estamos a viver uma cena do filme 2001 – Uma Odisseia no Espaço, e só faltaria mesmo a voz monocórdica do supercomputador HAL para ser verdade. Mas não se trata de ficção científica. Tudo isto está prestes a concretizar-se sob a forma de um hotel espacial. O espaço tornou-se mais acessível - para quem o puder pagar, claro.
Um hotel suspenso no espaço será necessariamente diferente de todos os hotéis da Terra. A vida a bordo não será muito fácil, pois terá de obedecer a certas exigências comuns às missões espaciais e ao cinema de ficção científica. Para os hóspedes se movimentarem, por exemplo, deverão usar roupas com velcro para se agarrarem ao chão e às paredes. Tomar banho em gravidade zero exclui os duches; para ultrapassar esta dificuldade os passageiros terão ao seu dispor um spa com bolhas de água flutuantes. Mas tudo isto é recompensado pelo espectáculo do nascer do Sol repetido quinze vezes por dia, pois a nave dá uma volta inteira à Terra a cada 80 minutos.



O projecto promovido pela empresa Galactic Suite parece, à primeira vista, utópico. Na verdade este hotel possui apenas capacidade para quatro pessoas além dos dois astronautas/pilotos da tripulação. Cada uma delas terá de pagar 4 milhões de dólares por uma estadia de três noites que inclui também um curso de dois meses de preparação e treino - uma quantia literalmente astronómica! Segundo os cálculos dos promotores, há no mundo apenas 40 000 pessoas com poder económico suficiente para se tornarem potenciais clientes deste hotel.
Xavier Claramunt, antigo engenheiro aeroespacial e fundador da empresa, já revelou que está em conversações com empresas de diversos países, como os Emirados Árabes Unidos e os EUA, e ao que parece já há clientes interessados em passar três noites lá no alto: 200 pessoas já demonstraram interesse no projecto e outras 43 pessoas já reservaram efectivamente a sua viagem. Haja dinheiro. A inauguração está prevista para 2012.







A coluna para iPod mais potente do mundo

Se estão fartos de avisar os vossos amigos, filhos, sobrinhos e primos para baixarem a música porque estão a ficar surdos, acabaram de ganhar mais uma razão para se preocuparem. Já está no mercado a mais potente coluna iPod, feita pela Brothers. Wall Of Sound, a parede do som, parece um nome mais do que apropriado para a coluna iPod mais potente do mercado. Os 28 elementos e o tubo amplificador em vácuo permitem aumentar o volume sem afectar a qualidade da música, oferecendo um som quase assustador com 95dB de sensibilidade.
O gigante pesa 102 Kg e possui dimensões de respeito: 950mm x 1250mm x 300mm. Os 125 watts de energia e a resposta de frequência de 40 Hz a 20 000 kHz oferecem uma largura de banda até agora inexistente para a iPod. De furar o tímpano, já que o mote do novo gadjet é “ouvir música alto não é uma afirmação, é uma forma de vida”.
A primeira geração da WOS já está esgotada. Os interessados apenas poderão esperar pela segunda geração que, tal como a primeira, estará disponível pela módica quantia de US $4.495 dólares.

Bicicleta desmontável

Numa época com tantas preocupações com o planeta, é notório o esforço em criar novos conceitos que permitam que soluções agressivas em termos ambientais, possuam alternativas eficientes que possam ser massificadas. A industria automóvel, por exemplo, face aos danos ambientais dos seus produtos, tem vindo a reunir diversas propostas nesse sentido.
Em contrapartida, tecnologias e soluções mais amigas do ambiente, não são alvo de estudos tão elaborados, não sendo muito convencional repensar produtos já por si verdes. No entanto, por vezes não utilizamos soluções mais amigas do ambiente porque estas ainda não foram melhoradas e adequadas ao nosso estilo de vida, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista prático.
Independentemente do espírito de sacrifício de cada um de nós, nenhuma solução amiga do ambiente se irá massificar se não for cômoda, barata e com um impacto genuinamente positivo nas nossas vidas.


O designer mexicano, Victor M. Aleman teve a preocupação de pensar num meio de transporte limpo bem conhecido de nós, e adicionou-lhe algo que o pode tornar mais apelativo: portabilidade. A proposta é uma bicicleta batizada de "Eco // 07", e que possui uma estrutura em triângulo composta de módulos expansíveis. Estes, podem ser reduzidos a dimensões bem mais pequenas quando não estão em utilização.
Para este conceito foi literalmente necessário re-inventar a roda, que através de um sistema de juntas e pivots, permite que esta seja desmontada e guardado com uma substancial poupança de espaço.
Todo o sistema pode assim ficar armazenado numa pequena caixa e arrumado no mais pequeno dos apartamentos que, infelizmente, cada vez mais constituem a realidade urbana da nossa sociedade. A forma como o sistema é desmontado poderá não ser ainda muito prático mas, pelo menos, pode ser feito de uma forma organizada. Diria que é um bom princípio rumo a soluções inovadoras para problemas comuns.


































































PAPERGRAPHIC

O seu nome deixa adivinhar: Yulia Brodskaya é russa. Nascida em Moscovo e radicada em Londres desde 2006, começou a ganhar reputação internacional com os seus trabalhos feitos em papel com uma técnica a que chamou PaperGraphic e que consiste em conceber ilustrações em que as linhas e formas são feitas de papel. E se à primeira vista esta técnica nos parece limitada, a criatividade, a variedade de efeitos e as combinações que consegue obter logo afastam essa ideia. Que o digam clientes como The Guardian, New York Times Magazine, Wired, Nokia, Starbucks, etc. para quem Yulia Brodskaya já realizou diversos trabalhos de design gráfico.
Quando parece já não haver lugar para todo o design que não seja feito com meios digitais, surgem estas ilustrações surpreendentes, belas e originais, que trazem uma lufada de ar fresco ao mundo do design gráfico. Há um certo ar retro e psicadélico em todas as composições, a lembrar ilustrações dos anos 60 e 70'. Os trabalhos de Yulia Brodskaya são realizados de forma artesanal, com muita minúcia, combinando não apenas papeis mas toda a espécie de materiais bidimensionais que se possam cortar com uma lâmina ou tesoura, nomeadamente tecido e fibras têxteis. Com o regresso do artesanato à publicidade, regressou também a poesia.





























WC em Módulos

Apresentada durante o 100% Design London a Yonoh Box é um novo conceito de WC. Consiste numa caixa de cantos arredondados literalmente cortada às fatias em que cada uma delas é um módulo com um equipamento específico. Os módulos básicos são dois: um com um lavatório e um vaso sanitário, outro com um duche, um banco e prateleiras. Depois pode ser acrescentado um terceiro módulo para expansão do espaço e arrumação adicional, para além dos módulos de topo que encerram o conjunto e a caixa transforma-se num WC completo. No entanto, várias combinações e personalizações são possíveis e fáceis de conseguir e esta é uma das grandes virtudes do conceito.
Mas, além da flexibilidade que é característica de qualquer sistema modular, a Yonoh Box apresenta outras vantagens. Pode ser colocada em qualquer espaço interior como um equipamento universal e independente do que o rodeia, apenas necessitando para funcionar de uma tomada eléctrica e de abastecimento e saída de água, logicamente. Há também a dimensão ecológica pois, na verdade, este é um WC inteligente. A temperatura, o consumo e outros dados são controlados por um processador central que os optimiza. Existem reservatórios de água no interior das paredes de revestimento que, depois de utilizada em lavagens, é canalizada para a descarga. Por fim, o design: moderno, agradável e versátil. Não foi por acaso que esta proposta foi uma das finalistas do concurso Jump the gap promovido pela multinacional de artigos sanitários Roca.











O futuro da comida

O que iremos comer daqui a vinte anos? Como iremos produzir, conservar e preparar os alimentos num futuro próximo? Estas questões levaram ao lançamento de um concurso de ideias promovido pela multinacional Philips destinado a investigar possíveis caminhos para o futuro da comida. Foram tidas em conta as actuais tendências e extrapoladas para um horizonte temporal de cerca de vinte anos. Após árduo trabalho, os designers sintetizaram as suas ideias em três grandes projectos.
O primeiro desses projectos, intitulado home farming (agricultura doméstica), é semelhante a um móvel alongado com prateleiras. Consiste numa estufa dividida em diferentes níveis com a possibilidade de obter condições ambientais diferentes em cada nível e assim cultivar diferentes espécies vegetais. Nos níveis mais baixos possui um reservatório de água que permite a criação de peixes. É, no fundo, semelhante a uma geladeira, mas com os alimentos vivos e, portanto, sempre frescos.


O segundo projecto, diagnostic kitchen (cozinha diagnóstica), não é mais que um monitor que fornece informação personalizada sobre a comida. Graças a este dispositivo poderá saber qual o estado exacto dos alimentos que se prepara para ingerir. Mas há mais: existe um pequeno sensor que se engole como um comprimido e que fornece indicações precisas sobre o que necessita comer baseado na sua condição física e requisitos nutricionais.

O último projecto chamou-se food creation (criação gastronómica). A partir de vários alimentos este engenho cria combinações de diversas formas e consistências. É de todos os projectos o mais misterioso mas as suas potencialidades prometem ser extraordinárias. Acabar-se-á a eterna dúvida sobre o que vai ser o jantar...


















Bang & Olufsen - design e tecnologia

Perante um monitor de plasma com 2,46 m de largura, 1,52 m de altura e 265 quilos que podemos nós fazer senão ficar boquiabertos? E se o seu tamanho impressiona, não menos impressionantes são a sua excelência tecnológica e a sua qualidade audiovisual, literalmente surreais, e um design sofisticado que não deixa ninguém indiferente. A todos aqueles que pensam que os monitores de plasma têm os dias contados, a firma dinamarquesa Bang & Olufsen demonstra o contrário com este colossal e primoroso Beovision 4, a nata das natas dos monitores planos: a perfeição por apenas $50000.
A simples menção do nome Bang & Olufsen evoca imediatamente o paradigma da excelência tecnológica e do design no mundo do áudio e do vídeo. Esta imagem acompanha a companhia praticamente desde a sua fundação, em 1925. Os seus criadores, Peter Bang e Svend Olufsen, aventuraram-se numa actividade relativamente nova naquela época, produzindo equipamentos de gravação e reprodução áudio. A filosofia que então presidiu ao seu negócio mantém-se nos dias de hoje: fidelidade sonora acima de tudo. Para isso, a tecnologia deve estar a um nível tão elevado que não deixe a sua marca, permitindo uma percepção sonora "real", um desígnio que a firma dinamarquesa persegue constantemente mesmo quando parece não poder ir mais além.
Mas também o design se tornou inconfundível e, a par com a tecnologia, foi responsável com o passar dos anos por forjar a imagem da marca. As linhas escorreitas, geométricas e minimalistas dos equipamentos B&O exibem não apenas uma elegância peculiar, como possuem uma funcionalidade e uma ergonomia notáveis. Comunicações sem fios, sistemas de comando digitais, sincronização, que agora são soluções tecnológicas comuns, já se encontram presentes há anos na gama de produtos B&O.
Esta gama de produtos, que inicialmente estava circunscrita aos equipamentos áudio, tem vindo a alargar-se progressivamente. Neste momento, a firma oferece soluções muito diversificadas no domínio do audiovisual. Os seus produtos ostentam o inconfundível prefixo "beo": Beovox para linhas de colunas e altifalantes, Beovision para televisões, Beomaster para aparelhos de rádio, Beolab para amplificadores, etc., sem esquecer a amplificação de automóveis topo de gama (Audi R8, Aston-Martin DBS, Mercedes AMG).





Uma característica verdadeiramente extraordinária nos produtos B&O é a sua capacidade de integração. Todos os equipamentos interagem entre si de uma forma transparente e natural para o utilizador e, no entanto, albergam uma série de funcionalidades complexas. Mesmo os sistemas mais antigos podem ser integrados com outros recentes sem qualquer tipo de incompatibilidade ou perda de funções. Isto é extraordinário tendo em conta a prática comum de cada nova tecnologia de, por razões comerciais, renegar as anteriores.
Mas não se julgue que tudo isto se pode possuir a troco de nada. A excelência tecnológica B&O faz-se pagar bem caro e apenas alguns seres humanos privilegiados têm a possibilidade de adquirir estas jóias tecnológicas para deleite dos seus sentidos. Nós, comuns mortais, limitamo-nos a olhar para elas ou, quando muito, a ir a um agente revendedor autorizado e solicitar uma audição. Para já ainda é gratuito.






































Cozinha ultra compacta



Helena queria viver perto do mar, num pequeno apartamento comprado com ajuda dos seus pais. Queria um lugar confortável, luminoso e aconchegante. Quando começou a idealizá-lo, as suas prioridades centraram-se num quarto espaçoso, um banheiro amplo e o restante espaço para uma área de convívio onde iria partilhar alguns momentos com os seus amigos.
O seu estilo de vida deixou bem claro que haveria muito pouco espaço para uma cozinha e, na concretização da ideia, esse espaço surge escondido atrás de belas e amplas portas cor de laranja. Assim, o enquadramento na atmosfera da casa surge com harmonia e um toque moderno. A proposta é arrojada, mas elegante.